Posted On quarta-feira
Mas é sério?
A ciência, de um modo geral, vê o assunto com desconfiança, uma vez que faltam trabalhos acadêmicos reconhecidos para comprovar que essas teorias realmente funcionam.
Em geral, os autores costumam apresentar muitos relatos de pessoas que afirmam ter tido sucesso com as técnicas de pensamento positivo - mas relatos isolados não provam nada, por mais incríveis que sejam. Existem normas que devem ser seguidas para um estudo ser levado a sério. É preciso observar o fenômeno, criar uma hipótese para explicá-lo, depois coletar dados relacionados àquilo que se estuda e, por fim, testar se a hipótese é realmente verdadeira. Esse processo pode demorar alguns anos.
O problema é que as teorias sobre o pensamento positivo costumam se apropriar de conceitos científicos para validar idéias que, como acabamos de falar, estão fora do campo da ciência. Nesse caso, a crítica mais aguda vem de áreas como a física e a neurociência. "Muitos tomam uma teoria e tentam generalizá-la para tudo", diz o neurofisiólogo Roque Magno de Oliveira, professor da UnB.
Um exemplo é o uso do conceito de energia, que passou a significar algo diferente do que diz a física. "Na verdade, essas pessoas consideram energia aquilo que eu considero empatia. Isso não tem nada a ver com física, e sim com a psicologia das relações humanas", afirma o físico Ernesto Kemp, professor do Instituto de Física da Unicamp.
A física também rejeita a badalada Lei da Atração, que diz que os pensamentos criam campos energéticos à nossa volta. "O pensamento como energia, como uma espécie de campo que age a distância, é algo que nunca foi comprovado cientificamente", explica Adilson José da Silva, professor do Instituto de Física da USP.
Ou seja, nunca ninguém detectou esse tal "campo energético". É verdade que, no cérebro humano, ocorrem estímulos elétricos o tempo todo. Mas, segundo Ernesto Kemp, os pulsos elétricos liberados durante as sinapses são tão fracos que a probabilidade de o campo eletromagnético que você está gerando com suas sinapses interagir com o de outras pessoas é nula.
A ciência, de um modo geral, vê o assunto com desconfiança, uma vez que faltam trabalhos acadêmicos reconhecidos para comprovar que essas teorias realmente funcionam.
Em geral, os autores costumam apresentar muitos relatos de pessoas que afirmam ter tido sucesso com as técnicas de pensamento positivo - mas relatos isolados não provam nada, por mais incríveis que sejam. Existem normas que devem ser seguidas para um estudo ser levado a sério. É preciso observar o fenômeno, criar uma hipótese para explicá-lo, depois coletar dados relacionados àquilo que se estuda e, por fim, testar se a hipótese é realmente verdadeira. Esse processo pode demorar alguns anos.
O problema é que as teorias sobre o pensamento positivo costumam se apropriar de conceitos científicos para validar idéias que, como acabamos de falar, estão fora do campo da ciência. Nesse caso, a crítica mais aguda vem de áreas como a física e a neurociência. "Muitos tomam uma teoria e tentam generalizá-la para tudo", diz o neurofisiólogo Roque Magno de Oliveira, professor da UnB.
Um exemplo é o uso do conceito de energia, que passou a significar algo diferente do que diz a física. "Na verdade, essas pessoas consideram energia aquilo que eu considero empatia. Isso não tem nada a ver com física, e sim com a psicologia das relações humanas", afirma o físico Ernesto Kemp, professor do Instituto de Física da Unicamp.
A física também rejeita a badalada Lei da Atração, que diz que os pensamentos criam campos energéticos à nossa volta. "O pensamento como energia, como uma espécie de campo que age a distância, é algo que nunca foi comprovado cientificamente", explica Adilson José da Silva, professor do Instituto de Física da USP.
Ou seja, nunca ninguém detectou esse tal "campo energético". É verdade que, no cérebro humano, ocorrem estímulos elétricos o tempo todo. Mas, segundo Ernesto Kemp, os pulsos elétricos liberados durante as sinapses são tão fracos que a probabilidade de o campo eletromagnético que você está gerando com suas sinapses interagir com o de outras pessoas é nula.